Disparities AADA

Normalmente, pesquisas dessa natureza exigiriam uma pesquisa epidemiológica nacional em grande escala para avaliar a prevalência da doença em diferentes grupos socioeconômicos e avaliar a eficácia dos tratamentos disponíveis. No entanto, em um país do tamanho do Brasil, essa abordagem muitas vezes é impraticável e pode não produzir resultados estatisticamente significativos. Em vez disso, sugerimos focar nos pacientes que já foram diagnosticados com a doença e nos profissionais de saúde que tratam a doença. Dessa forma, podemos obter uma compreensão mais profunda com base nas experiências dos pacientes e médicos no acesso ao tratamento.

O projeto foi estruturado em seis etapas:

  • Pesquisa em artigos médicos sobre o cenário atual das pesquisas sobre disparidades na DA em todo o mundo
  • Desenvolvimento de metodologias de pesquisa;
  • Desenvolvimento e aprovação de formulários de pesquisa online;
  • Administração dos formulários;
  • Análise e processamento dos dados coletados;
  • Divulgação dos resultados e insights.

Para medir a disparidade de uma forma que fosse relevante para o público-alvo, a equipe do projeto desenvolveu uma ferramenta original chamada Índice de Disparidade. Esse índice mede a disparidade por meio de uma pesquisa online com perguntas elaboradas para serem relevantes tanto para pacientes quanto para médicos. A pesquisa também abordou a jornada dos pacientes desde o diagnóstico até o tratamento, o que forneceu um contexto para a análise a ser apresentada.

A pesquisa recebeu mais de 2.000 respostas de médicos, pacientes e cuidadores. A análise dos dados revelou insights importantes, esclareceu dúvidas e reafirmou entendimentos já estabelecidos, como a relação entre renda e acessibilidade ao tratamento, a necessidade de conscientização e iniciativas básicas de saúde. A análise dos dados foi realizada pela DUCO em colaboração com um especialista em estatística médica para garantir que os resultados atendessem aos padrões acadêmicos e pudessem resistir a um rigoroso escrutínio.

A viabilidade de aplicar esta pesquisa, combinada com os ricos insights obtidos, nos levou a perceber que a reaplicação do modelo do Índice de Disparidade também pode ser aplicada para investigar outras doenças e condições. Ele oferece uma nova maneira de analisar disparidades com um tamanho de amostra gerenciável.